O Brasil é o primeiro país das Américas a se tornar "Estado Membro Associado" do CERN, Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear responsável pela operação do maior colisor de partículas do mundo, palco de uma das grandes descobertas da história da física: o bóson de Higgs, apelidado de "partícula de Deus".
A confirmação da associação foi feita pelo CERN nesta sexta (22), dois anos após a assinatura do acordo com o Ministério de Ciência e Tecnologia. Em comunicado à imprensa, a organização destaca que "o país concluiu seus procedimentos internos de aprovação", e a data da mudança de status é 13 de março de 2024.
O CERN possui 23 Estados Membros, todos países europeus, como Suíça, França e Alemanha, que contribuem com os custos de estrutura e operações.
Como "Estado Membro Associado", o terceiro não europeu e o único nas Américas, o Brasil se compromete a contribuir com algo em torno de 10% do que é investido pelos membros principais, um valor estimado em 10 milhões de francos suíços, equivalente a R$ 58 milhões por ano, segundo o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI).
"A adesão brasileira à CERN representa marco significativo no fortalecimento da cooperação científica internacional e no desenvolvimento da ciência e de tecnologias de ponta no país. Com a medida, pesquisadores e cientistas brasileiros passam a ter acesso prioritário às instalações da CERN, bem como a posições de trabalho, cursos e estágios científicos oferecidos", destaca a pasta, em nota.
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